domingo, 3 de abril de 2016

A fragilidade humana!

Tema: A fragilidade humana
II Coríntios 12:7-10

Amadas irmãs e amados irmãos, esta semana foi muito difícil para muitas pessoas da nossa comunidade e tem ainda tem sido muito difícil para muitos. Momentos de enfermidade, desemprego, dor, tristeza e dificuldades diversas. Irmãos, essas coisas revelam nossa fragilidade, ou seja, revelam do somos feitos, do pó da terra. Fala tanto da fragilidade do corpo quanto da alma. Nos falta literalmente força física e subjetivamente, nos falta força emocional. Falar dessa fraqueza é falar da realidade do ser humano e de toda a criação. Desde a queda de Adão e Eva assumimos essa condição. Essa fragilidade fala do nosso sofrimento. Alguns, por não saber lidar com o sofrimento chegam a tirar a sua própria vida. Outros se decepcionam com Deus e professam ateus diante do sofrimento. Há outro grupo de pessoas, e essas, dentro das igrejas em profunda crise, pois, não deixam de crer em Deus e frequentam a igreja, mas seus corações estão cheio de feridas, cheio de marcas de tanto sofrimento e não querem admitir que no fundo, estão mesmo é decepcionadas com Deus. Por isso, falar da fraqueza (fragilidade) e do sofrimento não é algo muito simples. É pisar em um campo minado de muitos corações. Por isso mesmo, falar de sofrimento é também falar de cura hoje. A cruz é o caminho onde Jesus escolheu se identificar com o nosso sofrimento, mas é também o lugar onde Ele escolheu curar nossas emoções e nos fazer enxergar os nossos sofrimentos com os olhos de Dele. Está escrito na Carta aos Hebreus: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” Hebreus 4:15
Antes de mais nada, é importante todos sabermos que temos um Deus amoroso e gracioso, que sabe que somos pó (Salmo 103:14).

1.O reconhecimento de nossa fragilidade gera humildade (v.7)
O apóstolo Paulo foi um homem que recebeu revelações do Senhor (II Coríntios 12:1; 6) e isso foi a sua glória. Ele teve o privilégio de ver a grandeza das revelações de Deus. Se olharmos na história bíblica todos os homens que tiveram profundas revelações de Deus enfrentaram algum tipo de sofrimento. Como é gostoso crescer nos dons, ministérios, se achar na obra de Deus e nas revelações de Deus. Entretanto, isso se configura em um perigo na nossa caminhada, se não nos mantivermos humildes. Você se lembra de que nos paradoxos de Deus, para crescer você tem que diminuir? O que se pode aprender com o sofrimento de Paulo?
I.Ao reconhecer sua fragilidade, Paulo se mantém imune à repulsão. Repulso é o contrário de empatia. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus”. Filipenses 2:5 Pessoas que passam pelo sofrimento e por momentos que se vê sem força se identificam com o sofrimento e com a fragilidade dos outros se tornando mais sensíveis e solidárias. Quem sofreu o luto compreende e sabe como consolar alguém que sofre de luto. Quem sofreu com certa enfermidade compreende e sabe como consolar alguém com a mesma enfermidade. Jesus se compadece de nós porque Ele sofreu na carne o que nós sofremos hoje. Pessoas arrogantes não compreendem as outras.
II.Ao reconhecer sua fragilidade, Paulo se mantém imune ao orgulho. “Para que não me ensoberbecesse”. Tem um ditado que diz: “Deus não dá asa à cobra”. Se você nasceu de novo, Deus não lhe dará nada que o afaste Dele e lhe dará todo o necessário para que você permaneça próximo a Ele. A soberba precede a queda e a altivez de espírito a ruína. Provérbios. A maneira pela qual Deus nos mantém em equilíbrio com a nossa natureza é o espinho. O espinho nos fala da humanidade e da sua fragilidade. A cruz nos chama à RENDIÇÃO. A vida cristã só pode ser vivida por pessoas RENDIDAS A DEUS que desistem de viver pelos seus esforços, entretanto, o nosso EGO se torna inimiga. Quando estamos sofrendo corremos para a cruz e daquele que se fez frágil nos rendemos e nos mantemos humildes diante de Deus. Ficamos escandalizados com pessoas que crescem na vida com Deus, mas enfrentam algum tipo de sofrimento. Entretanto, não quero dizer qualquer tipo de sofrimento. Existem sofrimentos que nós causamos por nossas más escolhas e decisões, mas existem sofrimentos que nos fogem ao controle e desses quero lhe dizer que Deus tem um propósito. Ele está forjando Cristo em você.
Você já pensou na fragilidade de Jesus como homem indo à cruz? A lógica da cruz é que quanto mais me ponho diante da cruz mais conheço a Deus e quanto mais conheço a Deus, mais me pareço com Ele como Seu FILHO. A cruz é para o FILHO. Jesus é o filho de Deus! Você é filho de Deus? Então a cruz é para você também. A cruz gera humildade.
Pergunta 1: Como o sofrimento ajudou você a ser solidário com as pessoas?

2.O reconhecimento de nossa fragilidade gera intimidade com Deus (v.8-9)
A vida cristã só pode ser vivida por pessoas RENDIDAS QUE NEGARAM A SI MESMAS e que desistiram de viver pelos seus esforços. Como nos rendemos? Em oração! Quando Paulo se vê em sofrimento, em seu momento de fragilidade e fraqueza com aquele espinho na carne, Ele ora e pede que Deus afaste o mensageiro de Satanás. Ele pede três vezes! Aprendemos aqui que a oração é uma arma poderosa enquanto Deus nos aproxima Dele por meio de nossa própria fragilidade. O sofrimento nos ensina a orar. O espinho nos ensina a orar. A oração gera em nós atitude de submissão diante da fragilidade, pois, quando eu oro passo a discernir os propósitos de Deus. Percebemos nossa fragilidade não só na dor, mas diante de desafios ministeriais e na vida como um todo. Paulo e Silas presos oravam e cantavam. Por que Paulo estava preso? Porque estava fazendo a vontade de Deus. O que ele faz? Canta e ora porque ele estava ciente que tudo aquilo estava conforme o propósito de Deus. A intimidade com Deus cresce em meio ao sofrimento.
I.Algo está sendo gerado enquanto reconhecemos nossas limitações – O que Deus começou na sua vida antes do sofrimento e dos desafios gigantescos Ele vai cumprir. Devemos aguardar biblicamente a boa obra que Deus começou.
II.Deus está formando em nós – As portas que Deus abre e fecha, as perdas e os ganhos que ocorrem na nossa caminhada cristã e todo o mais tem a ver com o que Deus está formando em nós como um tapeceiro. Enquanto se entrelaça os fios fica tudo feio. Temos que ver pelo lado certo.
III.Deus está formando em nós – Deus está nos preparando para esta vida e para a vida eterna.
IV. Deus quer nos ensinar a visualizar o resultado do que está fazendo em nós – Há frutos para serem colhidos. O principal fruto a ser colhido é intimidade com Deus. Paulo ouve a Deus: “A minha graça te basta”. A intimidade nos leva a experimentar GRAÇA.
Deus está nos aperfeiçoando. Vejamos Hebreus 12:4-13 com ênfase para os versos 10 e 11. Deus nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. Pergunto: Qual é o pai que não quer que seu filho se pareça com Ele? Por isso corrigimos nossos filhos em amor, porque temos um padrão de moral e conduta que queremos ver em nossos filhos. Quando você contraria seu filho para o bem Dele, ele fica EXERCITADO PARA A VIDA. Deus está nos exercitando para a vida eterna. Para sermos parecidos com Ele. Ele está nos forjando. Isso aconteceu com Jesus! Vejamos Hebreus 5:7-9. Todos que passam pela prova saem fortalecidos. O povo de Israel entrou no deserto com a mentalidade de medo e escravidão. Saiu como guerreiro que sabia depender de Deus e fazia os povos em sua volta tremer. O chamado de Deus para o seu povo não mudou, mas seu povo mudou. Deus nos muda através da cruz para o estarmos preparados para o que temos de receber Dele. Até mesmo quando enfrentamos gigantes na terra prometida somos fortalecidos. Nosso coração se enche de confiança e fé em Deus.
Pergunta 2: Como a serenidade de outros cristãos durante o sofrimento aprofundou o seu respeito por essas pessoas?

3.O reconhecimento de nossa fragilidade humana produz poder e força (v.10)
Irmãos e irmãs, Paulo é louco ou há um mistério aqui! Paulo é masoquista? Ele gosta de sofrer? Ser cristão é gostar de sofrer? Claro que não! Mas, Paulo descobriu algo poderoso por meio do sofrimento, por meio desse reconhecimento de sua fragilidade!
Lembremos que Paulo é vaso de barro, limitado, impotente e fraco. Mas, ele entendeu a mensagem da cruz. Ele entendeu que o segredo da vitória é a rendição. O segredo de uma vida de poder e força estão na fraqueza, na impotência, no se submeter ao trabalhar de Deus enquanto descobrimos nossa fragilidade no sofrimento e quando nos vemos diante de desafios ministeriais e da vida como um todo! Para entendermos mais isso, vamos pensar no povo de Israel no deserto. Quando o povo de Israel atravessa o mar vermelho eles viverão quarenta anos no deserto. A passagem pelo mar vermelho representa para nós o sangue de Jesus fazendo divisão entre o Egito (que é a vida velha) rumo à terra prometida (a nova vida), mas tem deserto no meio para preparar o povo para a terra prometida. É no deserto que o povo conhece o poder de Deus mais de perto.
I.No deserto houve maná – É no deserto que somos alimentos pelo poder de Deus. O maná é o poder de Deus nos alimentando a alma, a vida, e sobretudo a fé. O povo foi alimentado pela fé no deserto.
II.No deserto tem nuvem durante o dia e coluna de fogo durante a noite – Nesse processo de libertação do Egito, daquilo que é velho e no processo de dependência de Deus, nos dias quentes do deserto tem nuvem de Deus protegendo e noites frias do deserto o povo foi guiado, protegido e aquecido pela coluna de fogo. É no deserto que experimentamos a direção, a proteção e o calor do Espírito de Deus sobre a nossa vida. É poder de Deus no meio da fraqueza! É poder de Deus.
Deus quer nos fazer carvalhos de justiça! (Isaías 61:1-3). O carvalho demora anos para crescer. Quanto mais temporais e tempestades enfrenta, mais forte e adulto se torna. Suas raízes se aprofundam de tal forma que os ventos e as tempestades não podem derrubá-la. As tempestades não apresentam para ela ameaças apenas desafio. Ela é uma árvore cheia de marcas, retorcida peças tempestades que enfrentou, mas é referência para geólogos para medir as tempestades que a floresta já enfrentou. Por isso igreja, Paulo tem prazer no sofrimento por amor a Cristo. Quando ele é fraco, então Ele é forte por causa do poder de Deus experimentado em sua vida.
Para concluir, abra a sua bíblia no Salmo 103. Vejamos o quão amoroso e gracioso é o nosso Deus.

Rodrigo Rodrigues Lima
Pastor

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