domingo, 19 de fevereiro de 2023

19/02/2023 - A visita dos magos e a adoração a Jesus - Mateus 2:1-12


A visita dos magos e a adoração a Jesus

Mateus 2:1-12 

No episódio de hoje veremos o que a adoração a Jesus pode promover na vida das pessoas que estão no caminho da adoração a Jesus. Temos aqui a história dos magos do Oriente que vão ao encontro do Rei dos judeus para adorá-lo. Identificamos nessa passagem o que a adoração a Jesus promove na vida de Herodes, dos religiosos e dos magos. O que a adoração a Jesus tem promovido em sua vida? É o que refletiremos nesse episódio do evangelho.

1. A adoração a Jesus abala o poder (v.1-7)

Herodes era um homem abusador. Ele era conduzido pelo poder. Seu deus era o poder. Quem tem o poder por deus, se torna um abusador. Como um abusador, ele foi capaz de matar duas esposas e três filhos para fazer a manutenção do seu trono. De certa feita Augusto disse que era melhor ser um porco de Herodes que um filho seu. Vejamos mais sobre ele:

Herodes reina sobre a Palestina (v.1). Porém, não é um rei legítimo. O Império Romano dominava sobre aquela região e permitia a existência de governantes nativos vassalos de Roma. Sendo um político hábil, sobrevivendo às lutas pelo poder e mostrando lealdade a Marco Antônio e à Cleópatra, o senado romano aprovou o ofício real de Herodes, mas ele obteve o controle de maneira forçada usando o poder das armas. Seu reinado foi uma imposição. Governou o país de 37 a 4 a.C.; Herodes fica alarmado (v.3). Por que Herodes e os moradores de Jerusalém ficam alarmados? a) Ele era idumeu. Herodes não é descendente de Davi, como deveriam ser os reis dos judeus. Ele era descendente de Esaú e não de Jacó, por isso, mesmo não era visto com bons olhos pelos judeus; b) Moradores se ressentiam da tirania de Herodes e de sua submissão ao Império Romano. A administração de Herodes se caracterizava por polícia secreta, toques de recolher e altos impostos. Jerusalém era um importante centro comercial; e os magos provavelmente vieram acompanhados por um cortejo de grande tamanho, pois toda a cidade notou a presença deles; c) Magos eram temidos por reis (v.2). Os magos eram astrólogos e liam as estrelas como maneira de prever o futuro. Para os antigos, os cometas e as estrelas cadentes prediziam a queda de reis, e Herodes conhecendo bem as correntes de pensamento no Império Romano, não tem outra opção a não ser ficar alarmado porque os magos do Oriente querem adorar ao recém-nascido Rei dos judeus; Herodes busca a Palavra para fins políticos (v.5-7). Herodes convoca os principais sacerdotes e escribas. Seu interesse não é espiritual, mas político. A aproximação de Herodes junto aos líderes religiosos não era espiritual, mas interesse pela manutenção do poder.

O que podemos aprender ao observar os sentimentos e os movimento de Herodes?

a) A adoração cristã e o poder humano não combinam. Infelizmente, até no meio religioso podemos espiritualizar o poder e roubar a essência da adoração a Jesus. Líderes devem tomar cuidado com o poder. Patrões cristãos devem tomar cuidado com o poder. Pais devem tomar cuidado com o poder. Todos nós precisamos tomar cuidado com o poder. O poder traz empoderamento e pode te tornar um deus. É mais fácil ser deus do que amar a Deus. Em nome de Deus já vi muitas coisas ruins acontecerem. Frases do tipo “Deus está vendo...”; “Deus mandou dizer...Eu sou o ungido do Senhor! Não me toque.” e tudo com o propósito de manipular e intimidar pessoas. É mais fácil controlar as pessoas do que amá-las, e no ambiente religioso isso é como praga em um solo fértil. Muitos cristãos que construíram impérios para si foram incapazes de dar e receber amor. O interesse é a manutenção do poder e não o amor sincero. Líderes ferindo pessoas em nome do poder! Mas, vejamos o que Jesus, “o ungidão” diz a respeito disso em Marcos 10:42-45. b) O verdadeiro Rei está no trono do universo. Embora Herodes, como um rei abusador, tente agir politicamente para fazer a manutenção do seu poder, sendo capaz de matar crianças inocentes (v.16), acima de Herodes e de todos os governantes do mundo está um Deus poderoso e “É Ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.” (Daniel 2:21). A igreja não deve temer governos e reis, pois a Palavra final é do Senhor. Por que temer? “Deus reina sobre as nações; Deus se assenta no seu santo trono.” (Salmo 47:8). Devemos tomar cuidado com aqueles que se aproximam da igreja apenas para fazer a manutenção do poder político. O fim de Herodes foi hidropisia e um câncer de intestino, mas Jesus Reina para sempre!

2. A adoração a Jesus é indiferente para os religiosos (v.4-6)

Os religiosos são manipuladores. Eles eram conduzidos pela manipulação por meio de posição privilegiada. Seu deus era a posição exaltada. Quem tem a posição exaltada por deus, se torna manipulador. Os principais sacerdotes eram os saduceus que detinham maior influência política, por isso controlavam o sacerdócio. Os escribas eram profissionais que interpretavam as leis e a maior parte deles pertenciam à seita dos fariseus; esses homens conheciam as Escrituras, mas não agiram com base na verdade. (v.5). Eles respondem a Herodes onde deveria nascer o Cristo que é em Belém da Judeia. Jerusalém fica a cerca de 10 km de Belém! Eles não precisavam mais do que 1 hora de caminhada para ter um encontro com o Messias. Embora conhecessem as Escrituras, não tinham expectativas reais quanto ao Messias. Eles estavam tão pertos, mas ao mesmo tempo tão longe!

O que podemos aprender ao observar os religiosos?

a) É possível se envolver com as coisas de Deus e ser reprovado por Jesus. Eles eram os responsáveis pelos ritos e pela religião em Israel. Eles tinham acesso às leis e as interpretavam, mas não tinham mais um coração quebrantado diante de Deus. Jesus os alertará futuramente: “Hipócritas! Bem profetizou Isaías a respeito de vocês, dizendo: Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram ensinando doutrinas que são preceitos humanos.” (Mateus 15:7-9); b) Pode-se estar tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe de Jesus. (v.5) Jesus estava a cerca de 10 km dos principais sacerdotes e escribas, mas ao mesmo tempo toda a estrutura religiosa e os ritos os impedia de enxergar o óbvio diante de seus olhos. Do mesmo modo, podemos estar tão pertos e ao mesmo tempo tão longe de Jesus. A relação com Deus pode se transformar em meras experiências religiosas ou conhecimento religioso. Muitas vezes estar tão envolvido com as atividades da igreja pode se tornar um empecilho ao encontro real com Jesus. Na verdade, o que acontece no domingo deve ser uma síntese do que acontece na sua semana. O segredo da adoração é amar a Jesus. Você pode fazer isso de forma muito simples: “Jesus, eu vou te amar com o meu trabalho!” “Jesus, eu vou te amar com os meus recursos”. “Jesus, eu vou te amar com os meus amigos”. “Jesus, eu vou te amar com o meu cônjuge”. “Jesus, eu vou te amar com o meu serviço aos irmãos”. “Jesus, eu vou te amar ao próximo amando”. Se não há amor, não existe adoração. Podemos estar tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe de Jesus.

3. A adoração a Jesus move os magos (v.1)

Os magos são gentios. Gentios que vêm à Judeia para honrar o verdadeiro Rei. Eles procuravam o Salvador para adorá-lo. Eles fazem de Jesus o seu Deus. Quem tem Jesus como seu Deus se tornam como Ele é.

Os magos eram, na verdade, astrólogos com habilidades de adivinhação e muito respeitados naqueles tempos entre os gregos e romanos, mas proibidos entre os judeus (Deuteronômio 18:10-12; Isaías 2:6). A astrologia havia se tornado popular por meio da “ciência” do Oriente e todos concordavam que lá vivam os melhores astrólogos. O que observamos no relato de Mateus?

Os magos vieram de longe para adorar o Rei (v.1-2). Observe que eles vieram do Oriente. Uma boa distância para prestarem culto ao recém-nascido. Não mediram esforços para simplesmente se prostrarem diante de uma criança. Os magos foram guiados pela luz do Senhor (v.2). Eles viram a estrela e a mesma as guiou até Jesus (v.10). Os magos seguiram a orientação da Palavra (v.5; 7). Herodes, após consultar a Palavra, os envia a Belém. Os magos ofertaram presentes caros a Jesus (v.11). Eles se prostraram e lhe entregaram ouro, incenso e mirra. Os magos voltaram por outro caminho (v.12). Alertados por Deus em sonho, voltam por outro caminho!

O que podemos aprender ao observar os magos?

a) O adorador não mede esforços para estar na Presença e Jesus. Para aqueles que Jesus é o alvo da jornada, a distância é apenas um passeio para nutrir as expectativas pelo encontro. Existe um esforço na busca, mas, ao invés de peso, o processo da caminhada nutre a expectativa. Algo que os religiosos eram incapazes de perceber, estando tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Em contrapartida, os magos estavam tão longe, mas ao mesmo tempo tão perto. b) O adorador é guiado pela luz de Jesus. Existem tantas distrações que tiram o foco da luz. São pequenas luzes. Às vezes, é a luz própria, isto é, a busca por reconhecimento. Às vezes, é a luz de outros, que nos leva à comparação com nossa própria luz, ao invés de olharmos para a luz de Jesus. Só uma luz importa e é a luz de Jesus. É nessa luz que está a sua alegria (v.10) c) O adorador é guiado pela Palavra que aponta para Jesus. A Palavra confirma os passos daquele que tem como alvo a adoração a Jesus. Não existe verdadeira adoração a Jesus, se a obediência e a direção da Palavra não estiverem confirmando os seus passos. d) O adorador entrega o seu melhor a Jesus. Eles entregaram ouro, incenso e mirra. Eram presentes caros. Eles não se apresentaram de mãos vazias na Presença do Rei. e) O adorador não volta pelo mesmo caminho. É impossível ter um encontro com Jesus e voltar ao mesmo andar. Ele nos guia a uma nova jornada. Quem tem um encontro com Jesus se torna nova criatura. As coisas antigas passaram e tudo se faz novo (II Coríntios 5:17).

Quem é você nessa história? Aquele que precisa renunciar ao poder? Aquele que precisa romper com a indiferença? Aquele que é movido à adoração a Jesus? Temos um pouco de cada um, mas Jesus quer ser o centro do Teu coração. Vamos nessa?

No amor de Cristo,

Rodrigo Rodrigues Lima, Pastor

 

domingo, 12 de fevereiro de 2023

12/02/2023 - O nascimento virginal de Jesus - Mateus 1:18-25

 

O nascimento virginal de Jesus

Mateus 1:18-25

Uma das calúnias que os cristãos primitivos tiveram de refutar foi a de que Jesus teria nascido de uma união fora do casamento. Jesus foi caluniado pela acusação de que Ele era o filho ilegítimo de Maria com um homem desconhecido, talvez com um soldado romano da região da Galileia.

Muitos questionavam o porquê de José não relatar o assunto da gravidez às autoridades, ao descobrir que Maria estava grávida quando seu contrato de casamento já estava em vigor. Ser prometida em casamento equivalia ao próprio casamento que só poderia ser anulado mediante divórcio formal.

Mateus registra a resposta. Não se nega que Maria tenha engravidado antes de José ter consumado o casamento; mas se insiste em que, embora como homem honrado ele estivesse plenamente consciente de que deveria tornar público o assunto, evitou fazê-lo, desejando proteger sua desposada de uma publicidade vergonhosa, e começou a encarar a possibilidade de romper secretamente seu compromisso.

Fato é que, negar o nascimento virginal de Cristo é ignorar a Sua divindade. Negar a sua divindade é o mesmo que negá-lo.

Entretanto, Deus insere Maria e José em sua história e eles pagarão um preço sacrificando sua reputação ao obedecer a Deus na realização de Sua vontade. O que Deus quer falar conosco nesse episódio do evangelho de Mateus? O nascimento virginal de Jesus. Os planos de Deus e seus propósitos.

1.As personagens principais da história – Maria e José

a) Maria. Temos poucas informações sobre Maria. Provavelmente ela era natural de Nazaré e veio e uma família relativamente pobre. Ela tinha uma irmã chamada Salomé (Marcos 15:40), a mãe de Tiago e João (que, portanto eram primos de Jesus). Na genealogia de Lucas (Lucas 3:23-38) sabemos que ela era da linhagem de Davi. Também sabemos que Isabel, a esposa de Zacarias e mãe de João Batista era sua parente (Lucas 1:36).

b) José. Temos menos informações ainda sobre José. Ele era homem justo e íntegro (Mateus 1:19). Pertencia à casa e à linhagem de Davi (Lucas 2:4). Era carpinteiro (Mateus 13:55).

A história dessas duas pessoas e a maneira como Deus as insere em sua história nos traz algumas lições preciosas:

I) Deus usa pessoas simples para cumprir seus planos (v.18)

Conforme vemos na pequena biografia de ambos, Deus não procura no palácio de Herodes os pais do Salvador. Também não os encontra entre os nobres de Belém da Judeia. Deus usa gente simples. O evangelho é isso! Deus é Deus de simplicidade. Deus quer inserir você na história Dele e para isso Ele te amolda na simplicidade do Evangelho.

II) Deus usa pessoas piedosas para cumprir seus planos (v.19-20)

A situação é delicada e chocante para José. José não tinha ainda recebido a revelação de Deus sobre a origem do bebê no ventre de Maria, e por isso, procurava uma maneira de deixá-la secretamente. Embora os judeus não tivessem autorização para aplicar o rigor da lei, caso o fizessem, Maria seria condenada à pena de morte por apedrejamento. Entretanto, Deus queria cumprir seus planos e não poderia ser qualquer pessoa. Deus procura pessoas piedosas para cumprir seus mais nobres e grandiosos propósitos. Como é uma pessoa piedosa? a) Ela é longânime (v.20). José não agia sem refletir. Ele ponderava numa maneira de não prejudicar Maria. Ele era capaz de sofrer o dano; b) Ela é justa segundo Deus (v.19). Observe que ele não queria envergonhá-la publicamente. José não estava movido por vingança. Vemos nele um homem bondoso, abençoador e protetor. c) Ela é espiritual e sensível a Deus (v.20; 24). José foi capaz de discernir a voz de Deus em meio àquela aflição. Pessoas piedosas enfrentam a pressão e as circunstâncias difíceis, mas possuem intimidade suficiente para serem capazes de obedecer a voz de Deus até mesmo quando parece um absurdo irracional. Deus está à procura de pessoas piedosas para revelar e cumprir seus planos. Maria era uma mulher temente a Deus. Ela era piedosa! O que aprendemos com Maria sobre ser uma pessoa piedosa? a) Ela se oferece em rendição total à vontade de Deus. (Lucas 1:38). Ela responde ao anjo: “Aqui está a serva do Senhor; que aconteça comigo o que você falou.” Você quer viver os planos de Deus e experimentar a Sua vontade? O evangelho nos ensina que é na rendição total à Ele. É dizendo: “Aconteça comigo o que você falar”. Renunciando à própria reputação, Maria se entregou à vontade de Deus. É esse tipo de pessoa piedosa que Deus procura para revelar seus planos. b) Ela era virgem (Mateus 1:23). Outra prova de obediência e vida piedosa do casal era a virgindade. Deus dá grande valor à pureza sexual. Veja que, embora fossem prometidos um ao outro em contrato de casamento, não houve relações até mesmo depois do casamento enquanto Jesus não nascesse. Que força de caráter e piedade! Deus está à procura de pessoas piedosas para revelar e cumprir seus planos.

Vemos em Maria e José um exímio exemplo de obediência para realizar a sua vontade por meio de pessoas simples e piedosas. A maior tragédia da vida humana é bençãos divinas perdidas por causa da desobediência.

2. O nascimento virginal de Jesus

O nascimento virginal de Jesus tinha um único propósito conforme está relatado no verso 21 que diz: “Ela dará à luz um filho e você poderá nele o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” Aleluia! Vejamos os aspectos e implicações do nascimento virginal de Jesus:

I) Foi concebido por obra do Espírito Santo (v.18b; 20b)

O credo apostólico nos ensina: “Creio em Deus Pai Todo Poderoso Criador dos céus e da terra; E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; O qual foi concebido por obra do Espírito Santo; Nasceu da virgem, Maria [...].” Para a igreja primitiva e para os pais da igreja nos primeiros séculos, esse foi um tema debatido e combatido, mas necessário ser defendido. Por quê? Por que o diabo sempre trabalhou para combater o nascimento virginal de Jesus? Valendo-me de Wayne Grudem (Teologia Sistemática): a) O nascimento virginal de Jesus mostra que a salvação em última análise deve vir do Senhor. É um lembrete inequívoco de que a salvação jamais pode vir por meio de esforço humano, mas que deve ser obra do próprio Deus. Vejamos Gálatas 4:4-5. Não há glória humana! A salvação é mérito de Jesus desde a Sua concepção como Salvador dos homens. b) O nascimento virginal de Jesus possibilitou a união da plena divindade e da plena humanidade em uma só pessoa. Se Jesus tivesse simplesmente aparecido no céu sem ter sido gerado, teríamos dificuldade em vê-lo como plenamente humano e não faria parte da raça humana que descende fisicamente de Adão. Deus poderia ter feito Jesus entrar no mundo por meio de genitores humanos (pai e mãe) e em algum momento de sua vida receber a natureza divina, mas teríamos dificuldade em vê-lo como plenamente Deus.  

II) Atesta que a Palavra de Deus é confiável (v.22-23)

Os judeus estavam incrédulos quanto ao nascimento virginal de Jesus. Mateus é zeloso e prova com as Escrituras que a virgem conceberia. Estamos numa era em que a Palavra de Deus está sendo vilipendiada e posta à prova. Até mesmo dentro das igrejas ela está sendo dissecada e questionada. Além disso, as circunstâncias da vida de crentes de longa data os levam a duvidar da Palavra de Deus. Entretanto, o nascimento virginal de Cristo foi previsto nas Escrituras. Atesta a inspiração bíblica como Palavra do Senhor. Deus não é homem para mentir e nem filho do homem para se arrepender (Números 23:19). Suas promessas são infalíveis (I Reis 8:56). Deus vela por Sua palavra para cumpri-la (Jeremias 1:1-2). E com toda certeza, Ele não as cumpre segundo à nossa vontade e querer, mas segundo a Sua soberana, boa, agradável e perfeita vontade (Romanos 12:2). Lembremos que a Palavra se cumpriu integralmente na vida de um homem e uma mulher causando-lhes inicialmente um desconforto tremendo. Mas, eles puderam conhecer e revelar o Senhor. O propósito de Deus em cumprir sua fiel Palavra não é para nos trazer conforto, mas se revelar a nós e através de nós como Deus poderoso em nossas vidas.

III) Revela que Ele é Deus conosco (v.23)

No Antigo Testamento é prometido que Deus estaria presente com o Seu povo para garantir seu destino e aliança. Naqueles tempos o povo de Deus contava com o Tabernáculo e o Templo, destinados como símbolos da Presença Divina no meio deles. Vejamos Êxodo 40:34-35. Observe alguns detalhes dessa passagem. A palavra Shekinah é traduzida em português como “nuvem permanente” e a palavra Tabernáculo significa lugar de habitação ou moradia. Quando Deus se manifestava no Tabernáculo, isto é, no lugar de habitação, a tenda do encontro, uma nuvem permanecia, isto é, uma referência à Sua glória. Entretanto, ele não permanecia todo o tempo e ninguém poderia permanecer ali. Porém, no cumprimento dos tempos, diz João: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio e graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1:14). A palavra grega para “habitou” é skenoo que significa “fixar o tabernáculo, ter o tabernáculo, permanecer (ou viver) num tabernáculo”. Ele é Emanuel, Deus conosco! Deus veio para fixar habitação entre nós e em nós.

Observe que o nascimento virginal de Jesus não é um mero evento na história, mas um marco na eternidade. Vimos que esse plano revela o padrão de Deus em realizar seus propósitos com gente simples, mas piedosa e obediente. Também revela a nós o poder do Espírito Santo, o quanto podemos confiar na Palavra infalível de Deus e seu desejo de habitar entre nós. Nos voltemos para esse Deus.

No amor de Cristo,

Rodrigo Rodrigues Lima, Pastor

domingo, 5 de fevereiro de 2023

05/02/2023 - A genealogia de Jesus, O Rei - Mateus 1:1-17

A genealogia de Jesus, O Rei

Mateus 1:1-17

Vivemos numa geração que tem “cristianizado” ensinos e ritos do Antigo Testamento. Além disso, atualmente há uma expectativa equivocada de que o Reino de Deus se estabeleça em nações por meios políticos e sob o governo da igreja. Jesus não permitiu que isso acontecesse quando os judeus quiseram proclamá-lo rei. Esperava-se um messias político que os libertaria das garras do Império Romano, mas Jesus frustrou os seus planos. Então, como devemos atuar como agentes desse reino hoje?

Mateus vivia os desafios que enfrentamos hoje, isto é, a tentativa misturar ritos judaicos com a fé cristã, a mistura do cristianismo com práticas pagãs de outras religiões e a confusão quanto ao modo que os cristãos deveriam viver e se relacionar com a sociedade. O Reino de Deus é de uma lógica completamente invertida e perceberemos isso à medida que avançarmos a cada episódio da vida de Jesus e de seus ensinamentos.

O evangelho de Mateus oferece para a igreja cristã de todos os tempos três ferramentas indispensáveis: a) A defesa do evangelho contra a tentativa de judaizar a mensagem da graça, ou seja, usar ritos e ensinos da lei como meios para a salvação e a vivência da fé cristã, o que não cabe mais; b) Instruir os convertidos de todas as eras em como viver vida cristã sob os princípios e valores do Reino, de acordo com as atitudes e as palavras de Jesus; c) Como fazer um culto no qual Jesus é o centro da verdadeira adoração.

Mateus apresenta em todo o evangelho que Jesus é “O Messias” e que o Seu reino foi inaugurado. Assim nos perguntamos: Como vivem os súditos desse reino? Quais são os princípios éticos e a vida do Reino? Qual é a missão desse reino sob o governo do Messias? Quais as implicações desse reino entre nós? Como as pessoas do reino se relacionam entre si? Qual é o futuro desse reino? É o que nos propomos a expor ao longo deste ano.

No episódio de hoje abordaremos sobre a necessidade de uma genealogia. A genealogia era importante para os judeus. Era necessário comprovar que uma pessoa era de determinada linhagem, para que tivesse acesso à propriedade, herança, legalidade e direitos.

Se Mateus tem o propósito de revelar Jesus como o Cristo (Messias) e o Rei dos judeus, alguém com acesso a propriedade, herança, legalidade e direitos nesses termos de Rei, ele começa o seu evangelho mostrando a linhagem de Jesus a partir da linhagem real de Israel. Se Jesus é rei, deve haver provas de que Ele vem da família real reconhecido. Identificaremos aspectos da graça de Deus lições importantes a respeito da genealogia de Jesus.

 1.    Deus é o Senhor da história e tem propósitos eternos (v.17)

A graça de Deus é vista na história de três eras. É a história de Deus com o seu povo que nos traz aspectos importantes até à chegada do Messias.

Primeiro, o período de Abraão a Davi, marca a história primitiva. Foi o período dos patriarcas, e de Moisés, Josué e os juízes. Foi um período de peregrinação, de escravidão no Egito, de libertação, de tomada de aliança, estabelecimento da lei, conquistas e vitórias. Tudo isso apontava para Jesus. Moisés era um tipo de Cristo. A libertação da escravidão do Egito por Moisés apontava para a libertação da escravidão do pecado por Jesus. A antiga aliança preparava caminho para a nova aliança.

Segundo, o período de Davi até o cativeiro babilônico. Foi marcado pela monarquia com reis que, em sua maioria, conduziu o povo para longe de Deus e os colocou em apuros. Foi um período de declínio, apostasia e tragédia. Houve derrotas, conquistas, exílio, destruição de Jerusalém e do Templo. Apenas Davi, Josafá, Ezequias e Josias revelaram aspectos de uma fé em Deus. Entretanto, de Davi descenderia o rei cujo reinado será justo e eterno.

Terceiro, o período do cativeiro babilônico até o tempo de Cristo. Tempo de cativeiro, frustração e silêncio da parte de Deus. Um período envolta de grandes trevas. Foi a era das trevas de Israel.

É através da história do povo de Israel que Deus envia o nosso Salvador. É assim que o Messias continua irrompendo, invadindo subitamente e com ímpeto na história humana. Todos têm uma história de escravidão, e derrotas pelo pecado, de silêncio divino, e então, Ele entra na história de nossas vidas para ser o Deus Conosco! Deus é o Senhor da história e tem propósitos eternos!

 2.    Jesus se identifica com a humanidade para resgatá-la (v.1; 4-5)

Jesus é descendente de Davi. Quero destacar aqui a história do pecador Davi. Ele pecou terrivelmente ao cometer adultério com Bate-Seba e depois piorou a situação mandando matar Urias, seu esposo, para se casar com ela. Ele foi um guerreiro que matou muitos homens, o que lhe impediu de construir o templo (I Crônicas 22:8). Davi fracassou como pai. Seus filhos lutavam e matavam por poder. Jesus é descendente de Abraão. Embora um homem de fé, mentiu duas vezes sobre a sua esposa. Trouxe vergonha para Sara, para si e para Deus.

Um olhar mais atento sobre os descendentes de Abraão e de Davi, veremos que foram pessoas marcadas por infidelidade, imoralidade, idolatria e apostasia.

Além desses dois homens importantes na história dos judeus, Mateus inclui quatro mulheres de outras nações na genealogia.

Jesus é descendente de Tamar (Gênesis 38). Uma mulher estrangeira, viúva do filho primogênito de Judá, que engana seu sogro Judá, vestindo-se de prostituta para se deixar com ele e garantir a descendência do seu falecido esposo. Isso nos lembra do fracasso de Judá. Jesus é descendente de Raabe (Josué 2). Outra mulher estrangeira, que por profissão era prostituta e que havia protegido espias israelitas. Deus não apenas a poupou na destruição de Jericó como a colocou na linhagem messiânica, sendo mãe de Boaz que foi bisavô de Davi. Jesus é descendente de Rute, moabita (Rute 1:4). Ela renunciou a sua fé pagã para seguir Noemi e fez do Deus de sua sogra o seu Deus. Ela se tornou a bisavó do grande Rei Davi. Jesus é descendente de Bate-Seba (II Samuel 11). Apenas mencionada na genealogia como “aquela que tinha sido a mulher de Urias” (Mt 1:6).

Perceba que Jesus entra na história através de homens e mulheres com vidas marcadas pelo pecado. Vemos claramente a graça de Deus atuando e comunicando que Jesus veio para salvar e resgatar o que estava perdido. Talvez sua história seja de abominações e segredos que ninguém pode imaginar. Talvez você esteja carregando culpas passadas! Observe que Deus não ocultou a vida pregressa dos descendentes do Messias para revelar a Sua Graça, em que homens e mulheres com a vida marcada pelo pecado tiveram o privilégio de terem em sua descendência o Salvador da humanidade. Jesus se identifica com a humanidade para resgatá-la.

 3.    Jesus nasce de uma mulher (v.16)

Enquanto Mateus apresenta a genealogia de José, o pai de Jesus aos olhos da lei, Lucas dá a genealogia de Maria. Maria e José eram descendentes diretos de Davi. Para que se cumpra a promessa no que é chamado de protoevangelho, que é a primeira comunicação de Deus aos homens a respeito da salvação, conforme está escrito em Gênesis 3:15: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” Jesus é o descendente aqui mencionado! Em Gálatas 4:4 Paulo destaca “Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher...”. Por que ele diz isso? Jesus é divino (como Filho de Deus) e humano como filho de Maria. Portanto, a divindade, a humanidade e a justiça de Cristo o qualificaram de maneira especial para ser o redentor do mundo.

 4.    Jesus é o Cristo (Messias) (v.1)

Na língua hebraica “mashah” significa unção. No Antigo Testamento, quando se separava uma pessoa para os ofícios de sacerdote, profeta ou rei, lhe ungia a cabeça com óleo da unção. Ninguém poderia oferecer um sacrifício aceitável a Deus pelos pecados dos homens, ou ministrar as coisas santas se não fosse um sacerdote ungido de Deus. Ninguém poderia promulgar leis justas e governar o reino com poder e autoridade se não fosse um rei ungido de Deus. Ninguém poderia profetizar e conduzir o povo aos ensinos da aliança se não fosse um profeta ungido de Deus.

Porém, o povo de Israel espera por um “Mashiach”, que significa a pessoa ungida. Eles aguardavam o único homem digno de ocupar os três ofícios, o único digno do título de Mashiach. O Antigo Testamento prometia a vinda do Justo Servo do Senhor (Isaías 42:1-9), que seria um profeta como Moisés (Deuteronômio 18:18-19), um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Salmo 110:4) e um Rei como Davi e seu reinado será eterno (Isaías 9:7). Jesus é o ungido que acumula os três ofícios. Ele é o Cristo (Messias). Só Ele é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores: o rei que governa o universo e o coração dos seus discípulos; Ele é o profeta, para instruir os homens no caminho por onde devem ir; Ele é o grande sumo sacerdote, para fazer expiação por nossos pecados. Mateus revela que Jesus é o Cristo, o prometido Rei e Libertador. Poderosa compreensão da genealogia de Jesus!

No amor de Cristo,

Rodrigo Rodrigues Lima, Pastor


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

LIDERANÇA - A LEI DO LIMITE

 

A LEI DO LIMITE

A capacidade de liderança determina o grau de eficácia da pessoa

John Maxwell é um líder fantástico! Ele realmente é alguém que agrega valor às pessoas e as potencializa para que se multipliquem em outros líderes. Ele destaca porque é importante focarmos em aumentar a nossa capacidade de liderança dizendo: “quanto mais baixa a capacidade de liderança de uma pessoa, mais baixo o limite em seu potencial. Quanto maior a capacidade de liderar, maior o limite em seu potencial. Por exemplo: se sua liderança vale 8, então, sua eficácia não pode ser superior a 7. Se sua liderança é de apenas 4, então sua eficácia não será superior a 3.”

Por isso vemos tantos líderes inseguros ou com pouco impacto. Um líder que não desenvolve sua capacidade de liderança e está no topo de uma organização com uma nota 8, poderá se sentir ameaçado com alguém com nota 9 abaixo dele.

Ele diz: “O sucesso pessoal sem capacidade de liderança tem eficácia limitada. Sem capacidade de liderança, o impacto da pessoa é apenas uma parcela do que poderia ser com uma boa liderança. Quanto mais alto você quer chegar, mais precisa de liderança. Quanto maior o impacto que pretende ter, maior precisa ser sua influência. O que você realizar é determinado por sua capacidade de liderar os outros.”

Por isso desejo muito que você dê valor esse conceito! Você pode ser um líder de líderes. Você pode fazer realmente a diferença e entender que precisa liderar primeiramente a si. Você deve trabalhar para aumentar a sua capacidade de liderar.

A capacidade de liderança sempre é o limite da eficácia pessoal e da organização. Se a liderança de uma pessoa é grande, o limite da organização é alto. Se não é, a organização é limitada.

Quando equipes talentosas não vencem, estude a liderança. Por exemplo: quando a Apple foi criada no final dos anos 1970, Steve Wozniak era o cérebro por trás do computador Apple. Seu limite de liderança era baixo, mas esse não era o caso do seu sócio, Steve Jobs.

Você pode avaliar sua capacidade de liderança pelos seguintes indicadores: (dê notas para si de 0 a 10)

·         Habilidade com as pessoas 

·         Planejamento e pensamento estratégico 

·         Visão 

·         Resultados

 

Como um líder pode trabalhar para aumentar a sua capacidade de liderar? Quero me fazer valer da Bíblia de Estudo do Discipulado e da experiência de David Kornfield, bem como de minha pequena experiência para lhe oferecer caminhos para aumentar a sua capacidade de liderança: 

1.      Ser uma pessoa ensinável

O que é “ensinável”? Ensinável é a qualidade de uma pessoa pronta; desejosa e faminta por ser ensinada e crescer; aberta à instrução e à formação; motivada a aprender; marcada por fazer boas perguntas; aquela que realmente quer entender a verdade para viver/liderar melhor.

Vamos falar de três tipos de ensináveis: 

a)      Ensináveis da mente – amam estudar; querem aprender e crescer quanto ao seu conhecimento e domínio de um assunto. É elogiável, mas superficial; 

b)     Ensináveis no coração – realmente querem crescer, não apenas ganhar conhecimento. A verdade penetra em seu íntimo e brota para dar vida. Vai além da mente, mas não é suficiente. O ativismo pode sufocá-las; 

c)      Ensináveis como estilo de vida – Isso envolve a mente e o coração, dando continuidade ao que aprenderam para colocar tudo em prática.

Nós precisamos de líderes ensináveis como estilo de vida. Esses são os que vencem os limites da liderança.

2.      Viver uma cultura de avaliação e supervisão

Qual foi a última vez que você fez uma avaliação séria de sua vida, trabalho, desempenho profissional, ministério? O líder ou aqueles que desejam crescer precisam abraçar essa cultura. Estamos falando de uma avaliação formativa, não apenas informativa. Empresários precisam aplicar essa avaliação em si e em pessoas que exerçam funções chaves em suas empresas. O mesmo para pastores e líderes.

Se queremos ampliar nossa influência e desenvolver os membros de nossas equipes, nós e nossas equipes precisarão ser avaliados e supervisionados.

3.      Participar de eventos de capacitação

Quando foi a última vez que você participou de um evento de capacitação de mais de um dia ligado à sua área? Quando chefiei um escritório de contabilidade, sem formação contábil, sabia que precisava me manter antenado para evitar problemas com os funcionários e os clientes. Eu sabia o que era necessário para que não houvesse atrasos de entregas de declarações e gerenciava todos os departamentos. Fiz cursos básicos em todas as áreas do escritório, contábil, fiscal, RH, legal, para fazer esse gerenciamento. Participei de treinamentos para desenvolver minhas habilidades. Você pode rever sua nota nas áreas de: a) habilidade com pessoas; b) planejamento e pensamento estratégico; c) visão; d) resultados; e pensar: que tipo de evento devo participar para me tornar mais capaz?

Como pastor não deixo de participar de eventos que podem ampliar minha capacidade de liderar.

4.      Dar seguimento aos eventos de capacitação

Esse é um valor que aprendi no MAPI (Ministério de Apoio a Pastores e Igrejas). Pesquisas mostram que 94% dos participantes de treinamentos não mudam em nada. Quase todos os que mudam (6%) tomam os primeiros passos dentro de quatro dias do evento.

Você precisa levar a sério o seu crescimento! Portanto, a pré-capacitação e o pós-capacitação é tudo! Por exemplo: me propus a fazer lives sobre liderança. Isso é muito bom para você, mas é exponencialmente melhor para mim. Eu estou dando seguimento à leitura que fiz para me avaliar e me aprofundar.

5.      Abraçar oportunidades de crescimento

Você pode ver surgir a oportunidade de liderar um pequeno grupo na igreja. Pode ser a oportunidade de ser um monitor de classe na escola. Poder ser a oportunidade de galgar posições em sua organização.

Seu superior pode estar delegando algo a você e financeiramente não lhe trará nenhum benefício no momento. Entenda que não existe apenas ganho financeiro, mas também o ganho de habilidades e competências. São situações como essas que você pode aprender a pensar e agir como líder.

6.      Ter um mentor/discipulador

Deixei essa por último de propósito. Considero essa, além do coração ensinável, uma das mais importantes ações que você tomar quanto ao seu crescimento. Eu tenho um mentor! Sozinho não! Ninguém cresce sozinho. E vou mais além! Se você se tornou um discípulo ou está sendo mentoreado, considere seriamente ter um discípulo para repartir o que você recebe. Quando ensinamos, aumentamos exponencialmente nossa habilidade de compreensão daquilo que aprendemos.

Portanto, tenha alguém que enxergue os seus pontos cegos como líder.

Para refletir: 

a)      Dos quatro indicadores de avaliação de sua capacidade de liderança ( a) habilidade com pessoas; b) planejamento e pensamento estratégico; c) visão; d) resultados), qual é a sua nota mais baixa e o que fará para melhorar a sua nota em termos práticos?

b)      Das 6 ações para aumentar a sua capacidade de liderança, qual delas é urgente e tomará uma séria atitude para mudar sua realidade?

No amor de Cristo,

Pastor Rodrigo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Liderando de maneira estratégica - Crescimento saudável – Constante e permanente

Liderando de maneira estratégica

Crescimento saudável – Constante e permanente

“Depois, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis, e vieram para junto dele. Então designou doze, aos quais chamou de apóstolos, para estarem com ele e para os enviar a pregar e a exercer a autoridade de expulsar demônios.” Marcos 3:13-15

Nos queixamos que sempre temos a necessidade de líderes. Como vencer essa dificuldade?

Jesus tinha principalmente dois públicos: a multidão e os discípulos. Na segunda parte de seu ministério Ele se entregou aos doze que escolheu junto com o Pai. Jesus liderou de maneira estratégica, o que resultou em um crescimento saudável, constante e permanente até os dias atuais. John Maxwell diz: “para aumentar o crescimento, lidere os seguidores; para multiplicar, lidere os líderes”. Nessa perspectiva, Jesus foi um discipulador de discipuladores. Jesus liderou líderes multiplicadores.

Jesus se concentrou em desenvolver líderes e não seguidores. Ele semeou a semente da multiplicação no coração dos discípulos. Esse era o espírito de Jesus: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” Mateus 9:37-38. Observe que na sequência desta passagem, Jesus designa os doze: “Tendo Jesus chamado os seus doze discípulos, deu-lhes autoridade...” Mateus 10:1. Portanto, o nosso maior desafio para romper a barreira da liderança que tem seguidores e sermos uma liderança que delega autoridade, precisamos ter uma mentalidade de líderes capacitadores.

Qual foi o foco de Jesus?

 1.      Jesus não quis ser um líder necessário, mas um líder bem-sucedido

“Tendo-se levantado de madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus saiu e foi para um lugar deserto, e ali orava. Simão e os que estavam com ele procuraram Jesus por toda parte. Quando o encontraram, lhe disseram: — Todos estão à sua procura. Jesus, porém, lhes disse: — Vamos a outros lugares, aos povoados vizinhos, a fim de que eu pregue também ali, pois foi para isso que eu vim.” Marcos 1:35-38

Jesus revelou-se a si mesmo realizando muitos milagres! Jesus se manifestou à multidão, mas Jesus não queria ser alguém que liderava suprindo necessidades somente, mas alguém que tinha uma agenda intencional para cumprir um propósito! É revelador o que Ele diz: “Pois foi para isso que eu vim”. Creio que toda liderança estratégica tem clareza de seu propósito maior. Somente líderes podem gerar líderes. Somente discípulos discipuladores podem gerar discípulos discipuladores. Jesus nos ensina que não é guiado por necessidades, mas por propósitos. Propósitos precisam de líderes, mais do que de seguidores. São os líderes que multiplicam o propósito. Seguidores podem mudar de propósito a qualquer momento, mas líderes dificilmente mudarão. No final Jesus dirá: “Vão e façam discípulos” (Mateus 28:19), o que temos compreendo que significa “discípulos que se multiplicam em outros discípulos.”

2.      Jesus desenvolveu as pessoas estratégicas

“Depois, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis, e vieram para junto dele...” Marcos 3:13 

Era para os discípulos que Jesus revelava os mistérios do Reino e lhes explicava as parábolas. Jesus os desenvolvia!

John Maxwell diz: “líderes que atraem seguidores...desenvolvem os 20% inferiores; líderes que desenvolvem líderes...desenvolvem os 20% superiores”. Um líder que tem o potencial de multiplicar-se em outros líderes, quando foca em seguidores, gasta 80% do seu tempo lidando com necessidades infindáveis. Mas, um líder que tem potencial de multiplicar-se em outros líderes, dedicarão 20% do seu tempo em formar novos líderes resultando em 80% de impacto através deles. Foi o que Jesus fez!

 3.      Jesus se concentrou nos pontos fortes de seus discípulos

“Jesus dizia a todos: - Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” Lucas 9:23

Jesus procurava o tipo de pessoa que valia a pena reproduzir! Como Ele fazia isso? Desafiando com exigências. Pessoas fiéis, idôneas e ensináveis. Aliás, pessoas ensináveis aceitam ser trabalhadas em qualquer área de suas vidas.

Nossa cabeça sempre tende a focar no que as pessoas não têm para que sejam líderes. Sempre pensamos em perspectiva do que falta e não do que elas têm. Claro que as competências são importantes, mas se ela for ensinável e desejosa de influenciar, poderemos ser surpreendidos. Os discípulos eram iletrados e incultos, mas estiveram com Jesus (Atos 4:13). Um dos maiores pontos fortes de uma pessoa que pode se tornar um grande líder é o espírito ensinável. Concentre-se nesses!

 4.      Jesus causou impacto nas pessoas fora do seu alcance

“Jesus lhe disse: - Você creu porque me viu? Bem-aventurados são os que não viram e creram.” João 20:29

Jesus estava falando de nós! Jesus estava falando a igreja que creria Nele. Ele orou por nós: “ – Não peço somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por meio da palavra que eles falarem.” (João 17:20). Que poderosa visão de impacto! Jesus liderou para causar impacto nas pessoas fora do seu alcance físico.

John Maxwell diz algo muito especial: “líderes que atraem seguidores, mas nunca desenvolvem líderes, ficam cansados. Por quê? Porque eles precisam lidar pessoalmente com todas as pessoas sob sua autoridade. Só poder causar impacto nas pessoas que consegue tocar pessoalmente é muito limitador. Por outro lado, líderes que desenvolvem líderes causam impacto nas pessoas que estão fora de seu alcance pessoal.”

Portanto, nossa maior responsabilidade é aumentar a capacidade de liderança das pessoas, assim como Jesus fez!

 O que leva as pessoas a se tornarem líderes?

·         10% - Dom natural

·         05% - Resultado de crises

·         85% - Influência de outro líder

Um líder que deseja multiplicar líderes de líderes,

Pastor Rodrigo

 

PARA REFLEXÃO

a)      Qual dos pontos fala mais profundamente ao seu coração?

b)      Quais são os seus maiores desafios em multiplicar líderes de líderes (discipuladores de discipuladores)?


domingo, 10 de outubro de 2021

SOMENTE O EVANGELHO! - SÉRIE REDESCUBRA O SEU PROPÓSITO

SOMENTE O EVANGELHO - GÁLATAS 1:11-24

 

Somente o Evangelho

Gálatas 1:11-24

 

Há menos de quatro anos, Bashir Mohammad, de 25 anos, defendia a milícia islâmica Frente Al-Nusra na guerra civil da Síria. Hoje, ele se define como um "jihadista que se voltou para Jesus".

Mohammad cresceu em uma família muçulmana na região curda de Afrin, no norte da Síria. Na adolescência, ele foi encorajado por seu primo a se aprofundar um pouco mais nas mensagens proferidas por pregadores jihadistas e passou a seguir as interpretações radicais do Islã.

Mais tarde, ele se juntou às forças curdas que atuavam na guerra civil da Síria e ficou impressionado com as mortes que testemunhou. "Quando vi todos aqueles cadáveres, passei a acreditar em todas as coisas que eles me ensinaram nas palestras. Isso me fez buscar a grandeza da religião”, ele contou ao site The New York Times.

Mohammad foi convidado por um amigo para se juntar a Frente Al-Nusra, grupo extremista ligado à al-Qaeda. No extremismo islâmico, ele testemunhou torturas e viu prisioneiros sendo esmagados por seus colegas com uma escavadeira.

“Eles costumavam nos dizer que essas pessoas eram inimigas de Deus e, então, passei a olhar positivamente sobre essas execuções”, disse Mohammad.

Por um tempo, Mohammad foi doutrinado na filosofia do grupo e presenciou o genocídio em ambos os lados da guerra. “Fui a Nusra em busca do meu deus. Mas depois que vi muçulmanos matarem muçulmanos, percebi que havia algo errado”, confessa.

O primo que incentivou Mohammad a se aprofundar nos ensinamentos jihadistas se tornou um cristão convertido e voltou a influenciar o jovem sírio. Quando a esposa de Mohammad, Hevin Rashid, ficou gravemente doente em 2015, o casal recebeu ajuda de seu primo através de um grupo de oração Intrigado, Mohammad procurou um missionário evangélico chamado Eimad Brim, que o evangelizou e acompanhou seu processo de conversão. Ele e sua esposa se sentiram amados dentro da igreja e tiveram experiências profundas com Deus.

Sua saída do grupo jihadista tornou Mohammad um novo inimigo dos ex-colegas fundamentalistas. Ele teme não estar seguro, mas deposita sua confiança em Deus. "Há uma grande diferença entre o deus que eu costumava adorar e Aquele a quem eu adoro agora", disse Mohammad. "Antes eu adorava com medo. Agora tudo mudou”.

O fato que relato na introdução desta mensagem parece bem o que define um deja vu de outro fato bíblico. A história de Paulo, o apóstolo dos gentios. Pelo fato de se tornar um apóstolo a gentios, ele será acusado por judeus cristãos de que seu evangelho não é verdadeiro. Podemos deduzir pela resposta de Paulo que ele trata de possíveis questionamentos tais como: a) Qual é a origem do evangelho de Paulo para que ele possa julgar o que pregamos? b) Será que Paulo está pregando um evangelho que não tem aprovação dos apóstolos de Jerusalém? c) Será que sua mensagem é genuína? Com isso, eles diziam que Paulo não era um apóstolo e que sua mensagem não era genuína. Eles afirmavam que a mensagem pregada por Paulo era pirateada, aprendido de homens e não do próprio Deus.

Por isso, Paulo após denunciar o falso evangelho desses falsos mestres, em seguida afirmará: “Mas informo a vocês, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é mensagem humana porque eu não o recebi de ser humano algum, nem me foi ensinado, mas eu o recebi mediante revelação de Jesus Cristo.” (Gálatas 1:11-12). Paulo poderia dizer: “Eu o preguei”, mas “não o inventei”. Ele afirma com toda veemência que o evangelho questionado pelos judaizantes (falsos mestres) não era fruto de sua cabeça e que homem nenhum o ensinou, mas foi fruto da revelação do Senhor Jesus. Por que Paulo poderia afirmar que seu evangelho era verdade e falar com tanta convicção que o Evangelho por ele pregado não poderia ter aprendido de homens e não poderia ser fruto de sua imaginação?

1.Somente o evangelho é capaz de transformar fanáticos legalistas, descrentes e improváveis (v.13-14)

Muito mais do que descrever sua conversão, Paulo está fazendo uma defesa do evangelho que prega. Os judaizantes o acusavam de pregar um evangelho fácil, uma vez que não os obrigava a cumprir ritos judaicos para a salvação, por isso, diziam que a lei era necessária para tornar o evangelho mais sério e comprometido com uma conduta correta. Porém, ele mesmo era um fiel cumpridor de regras e ritos que não lhe foram suficientes. Portanto, para revelar o quanto o evangelho foi mais poderoso do que a lei e ritos judaicos, Paulo descreve como era antes de sua conversão. Veja comigo Atos 26:4-5; 9-11. Ele era um fanático dominado pelo que acreditava como esses radicais islâmicos que vemos hoje, completamente dedicado ao judaísmo de forma radical, perseguindo a Cristo e a igreja. Um homem nestas condições mental e emocional de maneira nenhuma mudaria de opinião, e muito menos se deixaria influenciar por qualquer pessoa que seja. Nenhuma técnica psicológica seria capaz de mudar a Paulo. Eis aqui uma evidência do poder da mensagem do Evangelho. Que lições e princípios podemos extrair? I) O Evangelho é tão poderoso que alcança os inalcançáveis aos olhos humanos. Não há ninguém que a mensagem do Evangelho não possa alcançar. Então você pode dizer: “Mas, foi o próprio Deus que alcançou Paulo”. Isso mesmo! É por essa razão que ele diz aos judaizantes que, sendo ele um zeloso cumpridor de regras, a mensagem do Evangelho foi muito mais poderosa, sendo o próprio Deus que o alcançou e que homem nenhum poderia ter feito isto. Por isso, a graça não pode ser tida como fácil! O Espírito Santo está trabalhando na vida das pessoas sem Cristo. Nossa missão é anunciar essa mensagem e deixar o restante por conta de Deus.  II) O Evangelho é tão poderoso que é capaz de fazer o que a lei não faz. A lei está sempre perguntando: “O que devo fazer?”, mas a graça está sempre perguntando: “O que Jesus fez por mim”? Há alguém que você conheça que seja improvável aos seus olhos, um legalista ou descrente aparentemente impossível de ser alcançado? Talvez você se sinta muito condenado pelo seu passado. Veja, a graça revela o que Jesus fez por mim e por você e isso é o suficiente. Paulo dirá: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...”, logo não é para aquele que merece, mas crê, por isso, ainda dirá: “Porque a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá pela fé” (Romanos 1:16-17)! Jesus vai ao encontro do mais terrível pecador e do mais resistente.

2.Somente o evangelho pode mudar o curso de nossa vida para propósitos maiores (v.15-16)

Ainda na sua linha de argumentação em provar aos judaizantes e demais irmãos que sua mensagem não provinha de homem algum ou mesmo de sua cabeça, Paulo afirma a total e exclusiva ação de Deus através do Evangelho que o alcançou e mudou o curso de sua história por pura ação divina. Ele afirma que foi separado por Deus antes do seu nascimento, e que pela graça recebeu o chamamento quando teve revelação de Cristo, e tudo isso sem participação de homem nenhum, pois, conforme vimos anteriormente era praticamente impossível algum homem convencer a Paulo. Com isso, ele mostra que nenhuma explicação humana justificaria o grau de sua transformação. Quem era esse homem? Um trem desgovernado! John Stott, imagina Paulo dizendo o seguinte: “No meu fanatismo eu me inclinava a perseguir e destruir, mas Deus (que eu havia deixado fora das minhas cogitações) me prendeu e alterou meu impetuoso curso”. O que podemos extrair de princípios para as nossas vidas a respeito do poder do evangelho? I) Deus tem um propósito em Cristo antes da existência de qualquer ser humano que vier crer Nele. Não cremos que Deus escolhe as pessoas para a salvação, mas cremos que todas as pessoas que vierem a crer em Cristo, há um propósito bem definido por Deus para o curso de suas vidas a partir de sua conversão. Seu propósito consiste em que, todos aqueles que vierem a crer em Cristo, se tornem seus filhos! Os filhos desfrutam da herança! Os filhos recebem perdão! Os filhos têm seu passado perdoado! Isso não tem a ver com nossa capacidade e os nossos méritos! Antes de você nascer Deus já tinha um propósito. Por isso, todos aqueles que passam a crer em Cristo, podem desfrutar desse poder que muda o curso de nossa vida para propósitos maiores. II) Sempre será por graça que Ele chamará. Ele nos chamou por seu favor imerecido. Ele chamou Paulo, aquele que matou muita gente. Você quer viver um novo curso em sua vida para propósitos maiores? Se entregue à graça de Deus! III) Cristo será revelado através da sua vida. O que significa “revelar seu Filho em mim”? Significa experimentar a mente e o coração de Jesus dentro de você, ganhando a sua perspectiva e seus sentimentos refletindo isso ao seu redor. Ele está escrevendo uma linda história de amor em sua vida e outros estão lendo o que o favor de Deus pode fazer na vida de uma pessoa!

3.Somente o evangelho pode explicar a nossa transformação e nos fazer enfrentar o passado (v.17-24)

Paulo mais uma vez argumenta a favor de sua mensagem para provar aos gálatas que o que ele pregava tinha sido dado diretamente por Deus. Vejo um princípio poderoso aqui. Certamente a maioria de nós não teve essa experiência tão forte de Paulo, mas há lições preciosas quanto a tornar um cristão maduro na fé enquanto caminhamos com Cristo e crescemos na graça e no conhecimento Dele. Quando você começa a sua vida com Cristo, é necessário que você busque entender o que Ele está fazendo em sua vida e em sua história. Não é simplesmente mudar de religião, mas é deixar Jesus assumir o leme da sua vida e conduzir o navio ao porto seguro da salvação. Precisamos sim ter mentores e discipuladores, mas nada substituirá a tua íntima relação com Cristo. Paulo provará que ele não recebeu o evangelho de homem algum, agora descrevendo seus passos de crescimento no evangelho e amadurecimento na fé sob três circunstâncias: a) Três anos isolado na Arábia (v.17-18a). É muito provável que ele foi para a Arábia em busca de quietude e solidão. Cremos que foi justamente nesse período de isolamento que ele recebeu a revelação do Evangelho. Ele estudou aos pés de Gamaliel, matou em nome da fé judaica, era extremamente intelectual, haja vista sua capacidade de debater no Areópago com filósofos gregos em Atenas. Da noite para o dia, tudo o que ele acreditava não era verdade. Ele precisava desse isolamento. Ele fica três anos no deserto. Os discípulos de Jesus ficaram com Ele três anos. Esse deserto foi uma oportunidade para: rever conceitos; firmar sua nova identidade; ouvir a Deus antes de ouvir a homens; estar com Deus! b) Foi para Jerusalém (v.18-19). Aqui ele argumenta que só foi de passagem para conhecer Pedro pessoalmente, mas que a mensagem do Evangelho não havia aprendido com Pedro. Não seria tempo suficiente para ele aprender o evangelho que pregava com esses homens, por isso, seu evangelho não veio dos apóstolos em Jerusalém. Mas, há uma lição aqui. Ele precisa enfrentar o seu passado. Quando você entrega a sua vida a Jesus, você volta para o trabalho, se encontra com pessoas da vida velha e precisa lidar com isso. Nesse sentido, o deserto ou o tempo de reflexão é importante para que você confirme a sua experiência! c) Foi para Síria e Cilícia (v.21-23). Ele não volta para essa região porque quer, mas porque é perigoso ficar em Jerusalém. Nessa região fica a cidade natal de Paulo, Tarso. Ele precisa agora enfrentar a sua cidade natal! Ele vai enfrentar amigos de infância e juventude, mas todos verão e dirão a respeito de sua mudança, e sobretudo, glorificarão a Deus a seu respeito. Esse é o poder do Evangelho.

Em Cristo,

Pastor Rodrigo Rodrigues Lima